A mulher que dirigia o carro de passeio arrastado por um caminhão em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, contesta a versão do caminhoneiro de que ele não teria percebido o acidente. O episódio aconteceu na noite da última quinta-feira (14) no acesso ao município. As imagens impressionantes viralizaram na internet no dia seguinte.
As informações são do ND+. A mulher afirma que estava saindo da cidade pela BR-480, na pista direita. Como estava indo para São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste do Estado, precisava entrar na pista esquerda para realizar a manobra no trevo e acessar a BR-282.
“Tinha uma distância enorme entre o caminhão e o carro da frente, então abaixei meu vidro, sinalizei e buzinei pedindo permissão para entrar na frente, e ele me deixou [entrar na pista da esquerda]. Eu estava indo devagar quando de repente o caminhão veio com tudo e começou a me arrastar”, falou a motorista, que não quis ser identificada.
O carro foi arrastado por alguns metros, registrados em um vídeo de 16 segundos gravado por uma testemunha. Nas imagens, é possível ver o carro com as rodas travadas na frente do caminhão, que segue acelerando como se não percebesse a existência desse “obstáculo”.
Para se livrar do caminhão, a motorista precisou desviar o carro para o acostamento, onde recebeu ajuda de comerciantes. Já o caminhoneiro seguiu viagem em direção a Xanxerê. O VW/Polo sofreu danos no para-choque traseiro e no porta malas.
O caminhoneiro apresenta outra versão, segundo o ND+. De acordo com ele, ele não percebeu a situação e ficou sabendo do ocorrido horas depois através da internet.
“Não sei o que aconteceu. Estava parado na fila, aí quando começou a andar, eu andei também. Não vi nenhum carro na minha frente, não ouvi barulho nenhum, pois os vidros estavam fechados e o banco é baixo”. Ele afirmou que poderia ter ocorrido algum problema mecânico com o automóvel. “Quando arranquei com o caminhão não vi nada, não senti nada”.
A mulher contesta a versão.
“Não existe ele não ter escutado, o vídeo mostra que o barulho dos pneus era muito alto. A única certeza que tenho é que ele me viu, sim. Coloquei o rosto para fora, sinalizei com o braço bem alto, buzinei e ele deixou eu entrar na frente dele. O carro não tinha problemas, tanto que voltamos para casa com ele”.
Traumatizada com o ocorrido, a motorista conta que precisou ser medicada e ainda sofre as consequências psicológicas. “Passei mal no fim de semana, não consigo dirigir, estou em pânico de entrar no carro, meu esposo tem que estar me levando”.
Ela registrou o caso em um boletim de ocorrências. A Polícia Rodoviária Federal investiga a causa do acidente.