A 4ª Promotoria de Justiça de Jaraguá do Sul, denunciou, por homicídio quadruplamente qualificado (feminicídio, por motivo torpe, meio cruel (asfixia) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) o homem que matou a ex-esposa por estrangulamento, no mês de agosto, em Jaraguá do Sul.
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) pede que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri.
A denúncia foi recebida no dia 25 de agosto de 2022, pela 1ª Vara Criminal de Jaraguá do Sul.
A partir de agora, o acusado é considerado réu na ação penal.
O crime, de acordo com a denúncia, aconteceu no dia 12 de agosto, por volta das 5h30, na residência da vítima localizada no bairro Amizade.
O Waldemar Rogerio Wachholz asfixiou Áurea Schölemberg, de 43 anos, com as próprias mãos.
A denúncia descreve, ainda, que o réu e a vítima, embora separados, por questões financeiras, ainda viviam na mesma casa, o que deu a oportunidade do ex-companheiro atacar a vítima de surpresa enquanto ela dormia.
Durante o estrangulamento, Áurea tentava chamar socorro para sua filha de 15 anos.
Ao tentar entrar no cômodo para impedir a ação, a jovem verificou que a porta estava trancada e não conseguiu agir para salvar a vida da mãe.
Após cometer o homicídio, o Waldemar fugiu do local no Ford Ka da ex-companheira.
Horas mais tarde, de forma espontânea, se entregou na Central Regional de Plantão Policial de Jaraguá do Sul e foi preso em flagrante.
Ao delegado de plantão, Waldemar confessou informalmente a autoria do crime.
A filha da vítima tentou ainda socorrer a mãe acionando o Corpo de Bombeiros Voluntários e também a Polícia Militar.
Após as reiteradas manobras de reanimação, por volta das 6h50, foi constatada a morte da vítima.
"O denunciado praticou o crime de homicídio qualificado contra a vítima por razões da condição de sexo feminino, prevalecendo-se da relação íntima de afeto por ser sua ex-esposa", destaca o promotor de Justiça, André Teixeira Milioli, da 4ª Promotoria de Justiça e Jaraguá do Sul.
O Ministério Público, na ação penal, requer que o réu seja pronunciado para ser julgado pelo Tribunal do Júri por homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio; por motivo torpe, pois não se conformava com o término do relacionamento; asfixia e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a atacou enquanto ela ainda estava dormindo.