A Polícia Federal, em conjunto com a Interpol, deflagrou a Operação Duplo Risco.
O objetivo é desarticular organizações criminosas especializadas na prática do crime de tráfico internacional de drogas.
A PF contou no decorrer da operação com o apoio das polícias espanhola, suíça e portuguesa, nesta terça-feira (20), conta com o apoio aéreo da Polícia Militar.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva no Brasil e três mandados de prisão na Europa, além de 80 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Em SC, os agentes cumprem ordens judiciais em Balneário Camboriú e Barra Velha.
Foto: PF/Divulgação
Durante a investigação, que iniciou no ano de 2017, foi possível efetuar minucioso aprofundamento do modus operandi destas organizações criminosas.
De acordo com a Polícia Federal, isso possibilitou compreender o funcionamento de todas as etapas dos crimes praticados.
Os investigadores identificaram o esquema desde a cooptação de aliciados (vulgarmente chamados de mulas), passando pela preparação das malas contendo a droga, a compra de passagens, o aluguel de hospedagens, a orientação e os roteiros para aliciados.
Também foi possível identificar a última etapa, que consistente na entrega da droga para os traficantes no exterior.
Foto: PF/Divulgação
As pessoas aliciadas eram preparadas para se passarem por turistas e assim levar a droga para o exterior, em especial para a Europa, Ásia e Oriente Médio.
Por vezes, as organizações criminosas convenciam os aliciados para levarem seus próprios filhos menores nestas viagens, como mais uma forma de tentar ludibriar a fiscalização.
Estes grupos causaram grave prejuízo social, uma vez que cooptam jovens que não possuem histórico criminal, geralmente pessoas de baixa renda, sob promessas de lucros fáceis e exorbitantes, iludindo-os com a possibilidade de viagens à Europa com todas as despesas pagas, inclusive aquisição de vestuário para a viagem.
Foto: PF/Divulgação
Hoje estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva no Brasil, três mandados de prisão na Europa (dois na Espanha e um em Portugal), 80 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Também estão sendo realizadas ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestros e apreensões de imóveis e veículos de luxo, visando a descapitalização dos grupos.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem cumulativamente chegar a 33 anos de prisão.