Grupo de pais vai controlar acesso de alunos em escola onde ocorreu ameaça de ataque em Schroeder
Publicado em 21/09/2022 19:47
Segurança

Uma reunião entre pais, a equipe da Escola Municipal Emílio da Silva e a Secretaria de Educação de Schroeder foi realizada nesta quarta-feira (21). A unidade foi fechada para a realização do encontro para buscar soluções a fim de dar mais segurança aos alunos após uma ameaça de ataque na unidade escolar.

 

Uma das medidas é a criação de um grupo voluntário para acompanhar a chegada e saída dos alunos da escola. Agora, os pais estão organizando a escala para realizar a vigilância dos alunos nos próximos dias.

 

"A reunião desta quarta-feira foi mais produtiva que a de ontem, quando os ânimos estavam alterados. Então, nós criamos um grupo para receber e liberar as crianças da escola. O prefeito Felipe Voigt vai verificar se a empresa que faz a segurança do pátio da Prefeitura pode deslocar alguém para a escola. Porém, eles têm que ver com o setor jurídico se é viável ou tem que fazer uma nova licitação. É necessário verificar se pode ser a mesma empresa a realizar o serviço no ambiente escolar", conta o almoxarife Everton Ricardo de Paula, pai de uma aluna de 14 anos.

 

A partir de agora, um grupo de pais vai acompanhar mais de perto as ações da Prefeitura, da Secretaria de Educação e dos professores. Everton explica que os pais se prontificaram a verificar o que está ocorrendo dentro da unidade escolar.

 

Denúncia feita por professores

O caso veio à tona após professores da Escola Municipal Emílio da Silva buscarem a equipe de reportagem do OCP. Eles se reuniram e denunciaram a ameaça de um atentado contra professores da unidade escolar.

 

O caso ocorreu no fim do mês de agosto e envolve dois adolescentes, de 12 e 15 anos. Segundo alguns professores dos dois adolescentes, eles estariam planejando matar servidores da unidade a tiros, conforme mensagens vazadas de um grupo no Whatsapp.

 

Ainda de acordo com os professores, o plano não se concretizou após o aviso de duas alunas apavoradas com a situação. Posteriormente, houve a intervenção da Polícia Militar. O estudante mais velho, que supostamente traria a arma de fogo, não foi até a unidade escolar no dia combinado. Ele foi afastado da escola.

 

Reação

A reportagem publicada na última segunda-feira (19) provocou uma reação imediata dos pais. Na terça-feira (20), um grupo de mais de 30 pais de alunos se reuniram com representantes da Prefeitura de Schroeder.

 

Eles foram recebidos pelo prefeito de Schroeder Felipe Voigt, o vice-prefeito Lauro Tomczak, a chefe de gabinete Sônia Sirlene Zoz, o procurador do município Daniel Massimino, e a secretária de Educação e Cultura Armelinda Walz Schmitt.

 

A fisioterapeuta Michelle Malcher tem um filho de 11 anos. Ela participou do encontro e saiu com a impressão de que a Secretaria Municipal de Educação quis a todo custo esconder o fato dos pais. De acordo com ela, a administração está tentando minimizar a situação. Porém, na opinião de Michelle, o caso é sério e todos podem estar em risco na escola.

 

“Todas as crianças estão em risco, pois eles estavam planejando o ataque durante o ensaio do 7 de Setembro. Graças a Deus um dos meninos não foi. Então, a Secretaria de Educação lava as mãos, joga a responsabilidade para todo mundo, não assume a responsabilidade e só fala de protocolos. O protocolo é ridículo e não estão acreditando na ameaça do adolescente. A situação é tão séria que nem o prefeito sabia o que estava acontecendo”, ressalta.

 

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