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Grupos de trabalho apresentam primeiras propostas ao Comseg Escolar em SC
Publicado em 17/05/2023 06:05
Segurança

O Comseg Escolar (Comitê de Operações Integradas de Segurança Escolar) recebeu, na manhã desta terça-feira (16), as primeiras propostas visando à elaboração, até o fim do primeiro semestre deste ano, de um projeto unificado voltado à melhoria do ambiente escolar no estado.

 

Na abertura, o presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal (MDB), reforçou os objetivos a serem alcançados pelos representantes das mais de 30 entidades que compõem o colegiado, divididas em três eixos temáticos de trabalho.

 

 

 

“Esta segunda reunião do Comseg tem como propósito inicial tratarmos sobre a metodologia dos nossos trabalhos e de como está a dinâmica do desenvolvimento das atividades nas comissões temáticas”, disse.

 

Sugestões dos grupos de trabalho

Na condição de coordenadora do eixo temático Estrutura e Recursos Humanos, Ana Carolina Colombo, da Secretaria de Estado da Educação (SED), reivindicou a inclusão de representantes de órgãos como a Casa Civil como forma de ampliar a capacidade de tratar algumas questões específicas.

 

O grupo conta atualmente com integrantes de entidades como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

 

“Sentimos uma carência muito grande de outros atores do estado para fazer essa discussão, porque, querendo ou não, este é um assunto complexo e vai gerar uma política pública que vai ser aplicada em todos os municípios, não só em âmbito estadual, mas nas escolas particulares também.”

 

Entre as propostas apresentadas estão:

- Fomentar discussão sobre protocolos internacionais que versão sobre o terrorismo doméstico com múltiplas vítimas;

 

- Empoderar e treinar os professores, alunos e colaboradores sobre o protocolo “fugir,responder ou lutar”;

 

- Repensar o layout das estruturas físicas das escolas, salas, muros, fomentando a melhoria da proteção dos alunos e professores;

 

- Definir os padrões de vulnerabilidade para as unidades escolares, conforme as suas realidades e condicionantes;

 

- Definir os padrões de segurança das unidades, com muros, cercas e grades;

 

- Plano de contingência e emergência para cada unidade escolar;

 

- Promover constantes capacitações em segurança dos profissionais que atuam nas unidades de ensino;

 

- Estudar formas de financiamento para implementação de projetos em recursos humanos;

 

- Criar canal de comunicação entre a gestão escolar e o setor de inteligência da segurança pública;

 

- Integrar órgãos municipais às secretarias estaduais de Educação e de Segurança Pública, para o treinamento dos policiais que farão a segurança das escolas;

 

- Capacitar equipes multidisciplinares em psicologia e psicossocial que atuam nas redes públicas de educação. 

 

Protocolo e normas

A coordenadora do eixo, Regina Panceri, da Defesa Civil do Estado, afirmou que um dos maiores desafios a serem superados é integrar as ações dos diversos órgãos que trabalham a temática.

 

“Hoje o nosso desafio é a articulação de protocolos e os fluxos de atendimento integrado. Como integrar uma ação da Defesa Civil com a Polícia Militar, ou do Corpo de Bombeiros com a Polícia Civil e as instituições de ensino? Enfim, isso é algo que a gente ainda vai se debruçar e pensar uma orientação e capacitação que chegue na ponta.”

 

O passo, segundo disse, é fundamental para que seja obtida a meta de se criar instrumentos para que sejam implementadas nas escolas as chamadas Gestão de Riscos, que envolve aspectos como prevenção, mitigação e preparação, e Gestão de Desastres, em que são trabalhadas a resposta e recuperação.

 

As sugestões do grupo incluem:

- Verificação de legislações e normas já existentes;

 

- Elaboração de cadernos e cartilhas de orientação;

 

- Ações de monitoramento por meio de um observatório permanente para estudo, comunicação e programas de prevenção;

 

- Fortalecimento de órgãos já existentes, como o Nepre (Núcleo de educação, prevenção, atenção e atendimento às violências na Escola);

 

- Plano de contingência que atenda todas as unidades escolares com os protocolos integrados das agências de segurança;

 

- Capacitação da comunidade escolar;

 

 

Social e publicidade

Coordenado por Nikolas Stefanovich, da Associação Catarinense de Imprensa, o grupo tem como principal objetivo promover e divulgar as ações do Comseg.

 

Neste sentido, Stefanovich conclamou os demais poderes e órgãos públicos integrantes do comitê a replicarem o material de divulgação que vem sendo elaborado pelo setor de comunicação da Assembleia Legislativa.

 

“A divulgação já vem sendo feita e ela vai ser aprimorada e potencializada no decorrer das próximas reuniões e das próximas atividades, conforme o cronograma que foi estabelecido, mas é fundamental que todos os entes também participem também dessa parte de comunicação, com as suas estruturas de marketing, de publicidade e comunicação.”

 

O diretor de Comunicação Social da Alesc, Dayan Schutz, explicou, por sua vez, que o setor tem dado especial prioridade à cobertura das reuniões do Comseg e prestado suporte e orientação aos demais veículos de imprensa para que as informações sejam divulgadas da forma mais fidedigna possível.

 

Ele afirmou que a diretoria também prepara uma campanha institucional para conscientização da sociedade sobre o tema. “Em um segundo momento, pretendemos apontar alguns itens, ou alguns encaminhamentos, e comunicar à comunidade o que de efetivo vai ser feito.”

 

Encaminhamento

Ao final, o Comseg Escolar acertou ainda a realização de uma reunião específica para debater a regulamentação da lei que trata do uso de integrantes do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP) para o policiamento das unidades escolares.

 

A proposta partiu da presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia, da deputada Luciane Carminatti (PT), que se mostrou preocupada com a utilização de segurança armada no ambiente escolar.

 

“Nós temos que dar uma identidade para esse programa. Não é policial armado na escola, é um programa de segurança escolar. É outra coisa e a lei tem que dar conta disso.”

 

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