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A Polícia Civil vai realizar uma operação de fiscalização no show da MC Pipokinha em Jaraguá do Sul. O objetivo é verificar se adolescentes irão para o evento programado para ocorrer na noite do próximo sábado (19), a partir das 21h, na Like Music Club, no bairro Barra do Rio Molha.
O delegado regional Eric Uratani destaca que a Polícia Civil recebeu denúncias de que grupos de menores de 18 anos estão se organizando para ir ao show. Como o evento tem atos libidinosos e letras com conotação sexual, é vedada a entrada de adolescentes.
“Tomamos conhecimento de que vai haver o show e realizamos a análise dos alvarás através do Setor de Jogos e Diversões. Porém, recebemos denúncias de que há grupos de adolescentes que devem participar dessa festa. Inclusive, eles estão se organizando para ir e muitos teriam mencionado a garantia de conseguirem entrar na festa”, comenta.
“Outras informações dão conta de que adolescentes estavam providenciando documentos falsos para entrar na festa. Então, esse tipo de informação nos preocupou bastante. Em razão disso, a gente decidiu apurar, pois não podemos permitir que os nossos adolescentes fiquem vulneráveis a algum tipo de constrangimento”, completa.
O delegado regional menciona o fato da cantora já ter protagonizado cenas de sexo explícito durante os shows. Se algum menor for exposto a esse tipo de situação, há a configuração de crime. Além disso, os adolescentes também não podem ter acesso a bebidas alcoólicas.
Com o objetivo de proteger os menores, a 15ª Delegacia Regional de Polícia Civil e a DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Jaraguá do Sul vão realizar uma operação de fiscalização. Ação vai contar com o apoio do Conselho Tutelar e da Polícia Científica, que vai apurar qualquer indício de documentos falsos.
O delegado regional ressalta que shows da MC Pipokinha foram cancelados em Curitiba, após solicitação da Polícia Civil, e mais recentemente em São Bento do Sul, depois de manifestações populares. Eric lembra que não há nenhuma intenção de perseguição ao evento, mas sim a preocupação com a possível tentativa de entrada de menores no show.
“Não teria nenhum motivo de ingerência da Polícia Civil ou qualquer conduta proibitiva. Tanto que não há proibição. Porém, tendo em vista as informações certas de que grandes grupos de adolescentes estariam presentes em um show com letras pornográficas e a prática efetiva de atos libidinosos, não podemos fazer vista grossa e deixar de intervir”, finaliza, ao ressaltar que qualquer pessoa que facilitar o acesso dos menores no evento pode ser presa.