Desde o início da invasão criminosa de Israel pelo grupo terrorista Hamas, no último sábado (07), temos assistido a uma sucessão absurda de manifestações de representantes da esquerda brasileira, que se mostraram incapazes de citar o Hamas como responsável pelos ataques ou de condená-los pelos atos de terrorismo. As manifestações vão desde uma deputada estadual do PSOL até o próprio presidente Lula e seu ministro dos Direitos Humanos.
Primeiro, é preciso entender o que é o Hamas. O Hamas é um grupo terrorista islâmico palestino e antissemita, que tem como objetivo a destruição do Estado de Israel e a criação de um Estado palestino islâmico no território que hoje constitui a nação de Israel. Seu ódio o leva a negar a existência do próprio holocausto. O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Japão e Canadá.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2006, não convoca eleições há mais de 15 anos e é hoje um ditadura fundamentalista islâmica. O grupo oprime os palestinos do local por meio da supressão dos direitos das mulheres, repreensão de protestos, perseguição a LGBTs e cristãos, além de serem famosos por usar sua própria população como escudo humano contra ataques militares vindos de Israel contra alvos terroristas.
Os assassinatos, violências e estupros e tomada de reféns contra a população civil, mulheres, idosos, bebês e inocentes praticados recentemente constituem crimes de guerra perante o Direito Internacional. De fato, a Convenção de Genebra proíbe ataques a civis, assim como tratamentos desumanos, que atentem contra a dignidade e a tomada de reféns.
E é para esse grupo, composto de terroristas que praticam atos sanguinários de barbárie e que já assassinou mais de mil israelenses desde o último sábado, inclusive dois brasileiros, que grande parte da esquerda brasileira está passando pano. É preciso dizer que o alinhamento entre a esquerda e o Hamas vem de longa data, refletindo o alinhamento da esquerda com outras ditaduras como a de Venezuela, Nicarágua, Cuba, Rússia e Irã, fechando os olhos para seus crimes e violações humanitárias.
De fato, em 2021, representantes do MST, deputados do PT, do PCdoB e do PSOL saíram em defesa do Hamas em um manifesto que protestava contra a decisão do Reino Unido de incluir o grupo palestino na lista de organizações terroristas do país britânico. Esse grupo de iluminados chegou a dizer que o Hamas é um movimento de resistência, e que resistência não é terrorismo.
Mais recentemente, após a vitória de Lula nas eleições de 2022, o Hamas parabenizou o presidente e chegou a chamá-lo de “lutador pela liberdade”, considerando o fato “uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo”. Não foi à toa que no sábado, por meio das redes sociais, Lula se disse “chocado” pelos ataques a civis israelenses, mas não mencionou o Hamas nem os chamou pelo que são, isto é, terroristas.
Os ministros seguiram o mesmo tom. O falante Ministro dos Direitos Humanos de Lula, Silvio Almeida, depois de 4 dias de silêncio absoluto e um bombardeio de críticas, manifestou-se em uma nota fraca em que expressa pesar pela morte de brasileiros nos atentados de Israel, sem dizer quem são os responsáveis pelos atentados e quem matou os civis brasileiros inocentes.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL/SP), um dos maiores apoiadores de Lula e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, também fez uma nota em que deixou de mencionar, convenientemente, o nome do Hamas e seu caráter terrorista, e por isso teve até uma baixa em sua pré-campanha. O médico Jean Gorinchteyn desligou-se da pré-campanha afirmando não concordar com a postura pró-palestina de Boulos que não menciona o Hamas e nem o condena pelos atos de terrorismo.
Ainda no PSOL, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL/RS), que já foi candidata à presidente pelo mesmo partido, achou pouco a postura de Boulos e resolveu superá-lo no nível de absurdo. Luciana comparou os ataques terroristas do Hamas com a luta dos judeus contra o nazismo e teve o desplante de dizer que os ataques foram uma revolta da população palestina contra a opressão de Israel e não um ataque terrorista coordenado pelo Hamas.
Os internautas, indignados, responderam a Luciana Genro com uma verificação de fatos na rede social X (antigo Twitter), que restabeleceu a verdade: “Ao contrário do que diz a nota, o acontecimento não foi uma revolta ou protesto da população palestina. Foi um ataque armado do Hamas, que quer o fim do Estado de Israel”. No Brasil do governo Lula, tem sido preciso defender a verdade, o óbvio, o evidente e a justiça, contra as mentiras, a perseguição, a vingança e as inversões de valores.
Essa turma da esquerda, dita do bem e do amor, está apoiando um grupo terrorista fundamentalista islâmico que prega a morte de ocidentais, cristãos, crianças, mulheres e pessoas LGBT. As mulheres e os LGBT, em especial, são categorias sociais que os esquerdistas adoram dizer que defendem em nome da diversidade e da igualdade. O que está ficando claro, mesmo, é que uma parte da esquerda não tem vergonha de defender o assassinato de civis inocentes e o terrorismo em nome da sua ideologia.