➡️VÍDEO: imagens de câmeras de segurança que viralizaram nesta semana mostram o momento em que um homem atirou e feriu o réu durante um júri em 2023 no Fórum de São José do Belmonte, no sertão pernambucano.(veja o vídeo acima)
O homem baleado no júri aguarda novo julgamento, e o atirador segue preso.
Francisco Cleidivaldo confessou o crimeDurante ama audiência realizada em 21 de março de 2013, Francisco Cleidivaldo confessou ter atirado contra Francisco Alves, pai do atirador. O réu disse no depoimento que, no dia do crime, em 5 de outubro de 2012, ele estava procurando um burro que havia fugido de sua propriedade.Quando encontrou Francisco Alves na propriedade dele, o sítio Posses, o réu perguntou se ele havia visto o animal, mas recebeu uma resposta grosseira. "Saia da minha propriedade seu ladrãozinho safado", relatou o réu sobre a resposta que recebeu.Isso provocou uma discussão entre os dois, porque Francisco Alves sacou um pedaço de madeira e foi para cima dele. Na tentativa de se proteger, ele efetuou um disparo de arma de fogo para cima.O réu disse que mesmo com o disparo Francisco Alves continuou avançando na direção dele. Ele então efetuou outro disparo, para baixo. Ainda assim, Francisco não parou. Então, foi efetuado um terceiro disparo, que acertou a vítima.
Francisco Cleidivaldo fugiu depois disso e foi para a cidade de Salgueiro, onde foi preso em flagrante. O réu também disse no depoimento que já havia sido processado por tentativa de homicídio no povoado do Carmo e que esse crime se deu em razão de uma discussão
Morte da vítima baleada.
De acordo com o processo do TJPE, Francisco Alves foi levado a um hospital local e depois foi transferido para um hospital na cidade de Arcoverde. No entanto, ele morreu 18 dias após o ocorrido."Após obter a resposta negativa da vítima, o denunciado irritou-se e descarregou em direção à vítima os três projéteis que haviam na arma de fogo que portava ilegalmente, tendo um deles atingido a vítima no abdômen. Em seguida, o denunciado fugiu, enquanto a vítima foi socorrida por sua companheira e outros parentes, e encaminhada ao Hospital local, sendo posteriormente transferido para o município de Arcoverde-PE, porém vindo a óbito cerca de 18 dias depois", diz o texto.
Testemunha confirmou as informações
Em uma das audiências de instrução e julgamento, realizada em 18 de fevereiro de 2013, uma testemunha relatou que atiraram na vítima na Lagoa Alexandre, que fica situada na divisa com o estado da Paraíba. Essa testemunha disse que não presenciou o crime, mas soube que Francisco teria ido até a vítima para perguntar sobre um burro para carregar madeira.A vítima teria se incomodado com a pergunta feita por Francisco Cleidivaldo e foi com uma vara para cima dele com intenção de lhe agredir. Para se defender, o réu, que de acordo com a testemunha andava armado, atirou na direção dele.
A testemunha relatou ainda que desconhecia qualquer tipo de desavença anterior à que provocou o crime.
O crime flagrado pelas câmeras ocorreu no Fórum Dr. Geraldo Sobreira de Moura, que fica no centro de São José do Belmonte, no Sertão de Pernambuco. A cidade fica a mais de 470 quilômetros de distância do Recife.O atirador foi identificado como Cristiano Alves Terto. Após os disparos efetuados, ele foi perseguido pelo Policiamento do Fórum e pela Polícia Civil, sendo preso em flagrante com a arma do crime.O réu foi identificado como Francisco Cleidivaldo Mariano de Moura. Ele era suspeito de ter matado o pai de Cristiano Alves, o atirador. Durante o júri. Cleidivaldo foi atingido por seis tiros, além de ter sido agredido com coronhadas na cabeça enquanto tentava fugir.De acordo com a Polícia Civil, Francisco Cleidivaldo foi inicialmente encaminhado para o Hospital de São José de Belmonte, e posteriormente foi transferido para o Hospital de Serra Talhada, onde recebeu cuidados médicos. Em nota, o TJPE informou que Francisco está vivo e solto. "O júri não foi feito novamente e não foi designada nova data ainda", diz o texto.