Na noite desta segunda-feira, 12 de agosto, a Câmara de Vereadores de Schroeder foi o centro de uma discussão que mobilizou a comunidade local. Em pauta, a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos, uma questão que tem gerado debates acalorados em várias partes do país.
Inspirados pela iniciativa de Guaramirim, onde, em 30 de julho, uma moção de apelo foi apresentada solicitando a presidente da Câmara dos Deputados o encaminhamento de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) da deputada Júlia Zanatta, para rediscutir a obrigatoriedade da vacinação infantil, os moradores de Schroeder decidiram agir.
Preocupados com a imposição da vacina, eles entraram em contato com seus representantes locais, pedindo que a mesma questão fosse levantada em Schroeder.
Os vereadores da cidade atenderam ao pedido da população e se tornaram promotores da moção de apelo. Durante a sessão, a moção 05/2024 foi oficialmente apresentada. A reunião contou com uma participação expressiva da comunidade, especialmente de famílias que apoiam a causa.
A sessão foi marcada por discursos enfáticos dos vereadores, que se comprometeram a acompanhar de perto o andamento da moção em Brasília. Um dos vereadores destacou:
"Vamos acompanhar essa moção até chegar em Brasília, porque não adianta mais fazer e não acompanhar. Então nós queremos saber se ela vai chegar lá com segurança para os deputados e vamos querer uma resposta".
Assunto polêmico
O Portal de Schroeder entrevistou pais e membros da comunidade presentes na sessão:
O Sr. Olivo, é morador de Schroeder e empresário. Ele ressaltou as dúvidas e preocupações sobre a eficácia da vacina:
"É polêmico, é fundamental que a sociedade participe dessa discussão. A gente ainda não sabe se ela é eficaz ou não é.
Muitos pais compareceram à sessão, como Patrícia, que é mãe e participante ativa da comunidade. Ela falou sobre a importância da liberdade de escolha dos pais, durante a entrevista:
"A nossa intenção é justamente poder escolher entre dar ou não a vacina, ninguém está aqui para brigar contra um direito concedido a alguém, mas sim ter a liberdade de poder escolher de fato se o pai quer ou não dar a vacina no seu filho, né?"
A moção, que foi assinada por todos os vereadores, passará pelos trâmites necessários dentro da Câmara de Vereadores para que seja posteriormente encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com a expectativa de que o recurso da deputada Júlia Zanatta seja pautado e a obrigatoriedade da vacinação infantil seja rediscutida a nível nacional.

Obrigatoriedade
Em 2024, a imunização contra a Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação e passou a ser obrigatória.
Em junho deste ano, um casal de São Bento do Sul,recebeu prazo de 60 dias para providenciar a imunização das duas filhas dentro do esquema vacinal previsto pelo Ministério da Saúde, sob pena de multa.
A sentença é decorrente de ação ajuizada pelo Ministério Público que apurou infração administrativa às normas de proteção à criança ou adolescente.
Em caso de não cumprimento do prazo de 60 dias, os pais deverão pagar multa diária entre R$ 100 e R$ 10 mil, que deverá ser revertida ao Fundo de Infância e Adolescência de São Bento do Sul. A decisão foi informada pelo Judiciário.
Fonte:Portal de Schroeder