Uma menina de 5 anos e o irmão, de 3, foram parar no hospital, na noite de domingo (19), após serem espancados, em Videira, no Meio-Oeste catarinense. Os suspeitos pela agressão são a mãe e o padrasto das crianças, que foram presos em flagrante pela Polícia Militar (PM).
O caso ocorreu no bairro Vila Verde, por volta das 20h. De acordo com o relato da PM, no local, as guarnições se depararam com as duas crianças machucadas e já sob os cuidados dos vizinhos. A mãe e o padrasto foram encontrados dentro da residência. Ela desorientada e pouco colaborativa.
Após serem atendidas no local, as crianças foram encaminhadas pelo Samu até o Hospital Salvatoriano Divino Salvador, que fica no município. Uma delas ainda segue internada, segundo o delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Videira, Édipo Flamia Helt, à frente da investigação.
— A menina de 5 anos já está liberada e o menino de 3 anos, ainda segue em internação por precaução. Eu aguardo o prontuário médico, um corpo de delito complementar, mas, a princípio, logo o menino também vai receber alta médica — comentou o delegado.
No local dos fatos, os policiais militares precisaram conter a população para evitar o linchamento do casal. Já na delegacia, a mulher permaneceu em silêncio e o homem atribuiu as agressões a ela:
— Mas, pelo que a gente colheu de informações, com testemunhas, indica que o padrasto foi, sim, o autor das agressões — disse Helt. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e deve colher mais provas nos próximos dias, para conseguir apontar ao certo o que aconteceu.
A menina está com familiares e deve ficar, junto do irmão, sob a tutela do pai biológico, de acordo com o delegado Helt. Ainda segundo ele, não havia uma guarda formalizada judicialmente e os genitores dividiram as responsabilidades pela criação das crianças, que passavam parte do tempo com a mãe e o padrasto e parte com o pai, em Navegantes, onde ele mora. Após o ocorrido, foi solicitada uma medida protetiva de urgência em favor das crianças.
Fonte:NSC