Eleito neste sábado (1°) com 444 votos, o segundo maior placar da história, Hugo Motta comandará a Câmara dos Deputados pelos próximos dois anos. Durante o discurso de posse, o parlamentar exaltou a democracia e fez analogia ao filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, indicado a três categorias do Oscar. As informações são do g1.
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— Não existe ditadura com parlamento forte. O primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar todos os parlamentos. Por isso, temos de lutar pela democracia. E não há democracia sem imprensa livre e independente. Quero aqui agradecer e parabenizar a todos os jornalistas presentes nesse sábado — falou.
Hugo Motta concorreu com os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS), que obteve 32 votos, e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que teve 22 votos. Outros dois votos foram em branco. Com 35 anos, ele é o mais jovem parlamentar da história a comandar a Câmara dos Deputados.
— Faço um apelo, vamos deixar o Brasil passar. Não se pode mais discutir o óbvio. Nada pior para os mais pobres do que a inflação e a instabilidade na economia […] Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas e políticas econômicas. Defender a estabilidade econômica é defender a estabilidade social.
Não existe ditadura com parlamento forte”, diz Hugo Motta após ser eleito presidente da Câmara
Durante a sua fala, Motta segurou um exemplar da Constituição e replicou o gesto de Ulysses Guimarães ao promulgar a Carta, em 1988. O parlamentar também afirmou que assume a cadeira da Câmara dos Deputados com a prioridade de “servir ao Brasil”.
— Não posso deixar de lembrar e emocionar que essa é a cadeira do pai de nossa Constituição, Ulisses Guimarães. Assumo a presidência da Câmara dos Deputados com três compromissos, três únicas prioridades: servir ao Brasil, servir ao Brasil, servir ao Brasil”, disse, logo no começo da fala.
Hugo Motta encerrou o discurso com uma frase “ainda estamos aqui”, em referência ao filme de Walter Salles. O filme conta a história de Eunice Paiva, que se torna viúva após o ex-deputado Rubens Paiva (cassado pela ditadura em 1964) ser preso para interrogatório, torturado e assassinado pelo Estado.
— Em harmonia com os demais poderes, encerro com uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui.
Fonte:NSC