O suspeito pelo assassinato da própria esposa dentro de um restaurante em Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi preso na manhã de domingo (23), em Guarapuava, no Paraná. A ação policial sigilosa para o cumprimento do mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça catarinense, contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná e da inteligência da Polícia Rodoviária Federal.
O crime ocorreu no restaurante da vítima, no Centro de Videira. O corpo de Marta Aparecida dos Santos, de 42 anos, foi encontrado no início da manhã da última quinta-feira (20). Entretanto, segundo o delegado Édipo Flamia Helt, responsável pela Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente (DPCAMI) do município, Marta teria sido morta ainda na noite de quarta-feira (19), por volta das 19h45min.
De acordo com o que foi possível apurar até o momento, a motivação teria sido a não aceitação do fim do relacionamento. No mesmo dia do crime, a vítima teria dito ao marido, de 46 anos, que queria se separar e estava conhecendo outra pessoa. O casal estava junto há mais de 20 anos e tiveram quatro filhos.
— O autor, então, planejou a execução do crime, convidando a vítima para se deslocar com ele ao estabelecimento para resolver pendências financeiras do casal. E, no local, portando uma faca de cozinha, uma faca grande, desferiu um golpe na região do pescoço da vítima, sem qualquer chance de defesa; ao que tudo indica, pelas costas. A vítima perdeu expressiva quantidade de sangue e veio a óbito no local. Sem testemunhas e sem imagens do estabelecimento — explicou o delegado.
Após matar a mulher, o homem fugiu para o estado vizinho e, na manhã do dia seguinte, entrou em contato com um amigo do casal para contar o que havia feito, dizendo que havia acabado com a vida e matado a ex-esposa.
— A nossa preocupação em fazer uma representação rápida pela prisão dele, foi porque ele também ameaçou matar a pessoa que a vítima estaria conhecendo e posteriormente cometer suicídio. Para evitar uma tragédia maior, nós agimos com celeridade. O Ministério Público se manifestou com muita celeridade e o Poder Judiciário de plantão deferiu o pedido de prisão feito por mim e as outras medidas cautelares que são essenciais para o andamento do inquérito — destacou Helt.
Segundo o delegado, o inquérito policial foi instaurado logo após a descoberta do crime, ainda na manhã de quinta-feira. Depois disso, diversas testemunhas foram ouvidas, assim como foram colhidas imagens e outros elementos técnicos que permitiram definir quando e como o crime ocorreu.
— A Polícia Civil de Videira não vai tolerar nenhum tipo de violência contra a mulher, ainda mais em casos graves como é o feminicídio. Nós iremos investigar, prender e levar para responsabilização criminal qualquer autor desse tipo de delito — pontuou o delegado.
Fonte:Nsc