Albino Santos de Lima já está na lista dos cinco maiores serial killers do país após confessar mais um homicídio, que fez o número de mortos por ele subir para 18, segundo a polícia.
Conhecido como o serial killer de Maceió, Albino confessou ter matado a idosa Genilda Maria da Conceição, de 75 anos. Ela foi morta na frente do neto de 10 anos em 2019, na Chã da Jaqueira.
No celular do serial killer, a polícia encontrou o nome completo da idosa, além da data do assassinato. O laudo pericial da balística também atribuiu o crime ao homem.
— Apesar da confissão, ele não se sente uma pessoa criminosa, ele se intitula um justiceiro alagoano. Todas as pessoas mortas, segundo ele, faziam mal. Já solicitei que uma junta médica avalie a sanidade mental dele. Ele disse que cometeu o crime porque estava tomado por um espírito. Imagino que ele tenha uma dupla personalidade, mas isso deve ser avaliada por um corpo médico — disse o advogado Geoberto Bernado, que confirmou a confissão do homem.
Após o crime, outros homens foram presos no lugar do serial killer: Antônio Guilherme dos Santos e dois irmãos dele. Na época, outros crimes foram associados a Antônio, e o neto de Genilda o reconheceu como autor dos disparos.
Agora, com a confissão de Albino e a comprovação balística feita pela Polícia Científica, Antônio foi solto.
“A defesa pede a absolvição dos réus pelos crimes, uma vez que há provas suficientes de que os crimes foram atribuídos para Albino. As investigações foram iniciadas e um retrato falado do suspeito do crime foi feito, a única testemunha ocular do crime foi o neto de 10 anos da vítima, que à época, reconheceu Antônio como o autor dos disparos“, disse o advogado Arnon de Mello.
Provas no celular de Albino causaram reviravolta na investigação
Albino foi preso no dia 17 de setembro em casa, no bairro Ponta Grossa. Ele já tinha vários registros de Boletins de Ocorrências (BOs) contra ele, como ameaça, dano, difamação, constrangimento e injúria. Um deles foi registrado pela ex-esposa dele.
Apesar de o celular dele ter sido formatado, os peritos conseguiram recuperar credenciais de contas dele. Com elas, foram recuperados arquivos de mídia, com dois diretórios específicos: um chamado ‘odiada Instagram’ e outro, ‘morte especiais’. Ele já confessou à polícia que perseguia as pessoas que matou pelas redes sociais.
Albino também tinha o hábito de fazer fotos nos túmulos das vítimas, enterradas em cemitérios públicos de Maceió.
Em um dos registros, o assassino faz uma selfie em frente à capela do Cemitério de São José, o maior cemitério público da capital. Outra foto encontrada no celular dele é a de um túmulo, no mesmo cemitério.
Pela data das fotos, a polícia acredita que os túmulos pertençam ao casal Debora Vitoria Silva dos Santos, 21 anos, e John Lenno Santos Ferreira, 20 anos. Os dois foram mortos a tiros em dezembro de 2023.
Fonte:NSC