Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, confirmou o primeiro óbito por chikungunya, em 2025, na última terça-feira (4). A vítima é uma jovem de 22 anos, identificada como Rute Alves, que não apresentava comorbidades, mas havia positivado tanto para dengue como para chikungunya, conforme divulgou a Secretaria Municipal de Saúde.

Rute estava internada desde o dia 12 de fevereiro no Hospital Regional do Oeste (HRO), de Chapecó, em estado grave. Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde de Xanxerê, Caroline Cenzi, a jovem foi atendida em uma unidade de saúde do município e encaminhada ao Hospital Regional São Paulo, que fica na mesma cidade, mas devido ao quadro apresentado, ela foi transferida para o HRO.

Desde então, familiares e amigos utilizaram as redes sociais para divulgar pedidos de oração pela saúde da jovem, que deixou uma filha prestes a completar cinco anos. O corpo de Rute foi velado e sepultado em Xanxerê, na manhã desta quarta-feira (5). Ela era moradora do bairro Vila Sésamo.

Surto da doença

Até a última atualização divulgada pela Prefeitura de Xanxerê na tarde de terça-feira, o município já havia identificado 300 focos do mosquito Aedes aegypti e 16 casos de chikungunya, espalhados em vários bairros da cidade, o que configura um surto da doença, de acordo com Cenzi. Quatro casos de dengue também haviam sido confirmados.

“O município continua em alerta para essa situação de surto. Já temos mais pacientes que tiveram coleta de exames. Todos os dias a gente tem procura de pacientes nas unidades de saúde e todas elas estão atendendo, então se o paciente que tem sinais ou sintomas que podem ser de dengue ou chikungunya, deve procurar a unidade de saúde mais próxima, ou também buscar o atendimento através do telemedicina”, relatou a coordenadora da Vigilância em Saúde.

Segundo ela, o município tem colocado em prática ações de combate ao vetor da doença, através da realização de fumacê nos bairros, aplicação de inseticida peridomiciliar na casa de pessoas com exame positivo e de seus vizinhos, fiscalização e como recolhimento de lixo. Um Comitê Intersetorial também foi ativado para tratar de ações de combate ao mosquito.

Situação em Santa Catarina

De acordo com o último informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), no dia 24 de fevereiro, Santa Catarina registrava 16 mil focos do mosquito Aedes aegypti, espalhados por 231 municípios.

Os dados são de 29 de dezembro de 2024 a 24 de fevereiro de 2025. Até então, dos 295 municípios do estado, 178 eram considerados infestados pelo vetor, grande parte deles está no Oeste.

Até a data, também haviam sido registrados 24 casos de chikungunya, sendo a maior parte em Xanxerê (8 até então) e 5.523 casos prováveis (confirmados, inconclusivos e suspeitos) de dengue.

Fonte:NSC