Laudo revela crueldade de namorado que matou adolescente em Itajaí, diz polícia
Por Administrador
Publicado em 18/03/2025 06:42
Segurança

Com a prisão temporária convertida em preventiva do namorado de Maria Gabriela Nunes, a menina de 14 anos encontrada assassinada dentro do rio em Navegantes, novos detalhes do caso vieram à tona. A Polícia Civil já sabe o que causou a morte da adolescente e tem as provas que tornaram o jovem de 23 anos o principal suspeito. O crime teria sido o desfecho de um relacionamento abusivo.

 

 

 

Maria foi encontrada morta com sinais de violência dentro do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes, em 14 de fevereiro, dois dias depois de desaparecer ao sair com o namorado. Anderson Burigo contou que deixou a garota em casa, em Itajaí, depois do encontro, mas a versão foi desmentida pela equipe do delegado Roney Péricles. Para os investigadores, o rapaz a feriu com golpes provavelmente de faca, o que causou a morte por choque hipovolêmico. Ou seja, a vítima sangrou até a morte. Exames periciais devem apontar em qual local o assassinato foi cometido, algo que ainda não está claro para a polícia.

 

— Ele estava em uma casa próxima a sua residência, mas como percebeu que foi descoberto, saiu e retornou ao domicílio. Durante algum tempo, ele permaneceu nas matas da região — conta o delegado. O casal estava junto há cerca de um ano e ele frequentava a casa da vítima.

 

 

No dia seguinte à descoberta do corpo, em 15 de fevereiro, Anderson foi preso temporariamente. Ao delegado ele confirmou que tinha um ciúme exacerbado da adolescente e, em alguns momentos, chegou a ser agressivo com ela, mas negou o homicídio. Testemunhas revelaram que o namorado praticava violência psicológica contra a adolescente, buscando controlar as ações dela por meio de constrangimentos e de ameaças.

 

A adolescente não estava feliz e teria comentado com a mãe que terminaria o relacionamento naquela quarta-feira. Para a polícia, a principal motivação foi o fato de Anderson não aceitar o fim da relação, “assim como pelo ciúme exacerbado e pelo sentimento de posse que ele nutria por ela”, escreveu o delegado.

 

O rapaz foi indiciado por homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e violência psicológica. Com a conversão da prisão, ele deve aguardar o andamento do processo preso. Agora, a polícia deve terminar algumas diligências, analisar conteúdos de celulares e aguardar a finalização de exames periciais.

 

 

Fonte:NSC

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