A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Balneário Camboriú instaurou um inquérito policial para investigar a morte do recém-nascido Ragner Ramos Leitemperger, ocorrida na noite da última sexta-feira (25), no Hospital Municipal Ruth Cardoso. A investigação, que corre sob segredo de justiça, é conduzida paralelamente a uma série de medidas administrativas anunciadas pela Prefeitura.
A principal linha da investigação é verificar se houve falha no atendimento médico que possa ter causado a morte do recém-nascido e comprometido gravemente a saúde da mãe.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito está sob responsabilidade da delegacia especializada e os pais do bebê, Dayla Fernanda Pedroso Ramos e Edemar Leitemperger, serão ouvidos após o período de luto.
A morte da criança provocou grande comoção nas redes sociais, impulsionada por denúncias da família sobre possível negligência médica, omissão de socorro e inconsistências nos registros hospitalares. A mãe precisou passar por uma histerectomia de emergência devido a complicações no parto.
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Em resposta à gravidade do caso, a Prefeitura anunciou o afastamento imediato do obstetra envolvido, a exoneração da diretora-geral da unidade hospitalar e a abertura de uma sindicância interna. Também estão em curso uma auditoria nos contratos da maternidade e uma proposta de nova licitação para o setor obstétrico, como parte de um plano de reestruturação da gestão hospitalar.
As conclusões da Comissão de Óbito do Hospital Municipal Ruth Cardoso permanecem sob sigilo, mas, caso solicitadas, serão encaminhadas à Polícia Civil. A confidencialidade é amparada pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em vigor desde 2018.
Enquanto as investigações seguem, a família do bebê recebe apoio psicológico por meio do programa municipal “Abraço”, que oferece suporte emocional a moradores da cidade.
O caso continua sendo apurado tanto na esfera criminal quanto administrativa, sem conclusões até o momento.
Fonte:NSC