O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (19) que o país assumirá o controle de toda a Faixa de Gaza e permitirá a entrada de ajuda humanitária apenas sob domínio das Forças de Defesa de Israel.
O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter), em resposta à ala mais radical do partido Likud, que se opõe à liberação de recursos à Palestina. Esses setores argumentam que o Hamas se aproveita da ajuda para fortalecer sua atuação.
Segundo Netanyahu, a medida visa evitar uma crise de fome e garantir o avanço militar contra o Hamas, além da libertação de reféns. “Há uma condição necessária: não podemos chegar a uma situação de fome”, declarou. Ele afirmou ainda que a ajuda será liberada por meio de um “método diferente”, com supervisão do Exército israelense e envolvimento de agências dos Estados Unidos.
O premiê também acusou os serviços humanitários anteriores, como os da ONU, de estarem ligados ao grupo extremista Hamas. A nova diretriz prevê a criação de uma área “estéril”, sob controle do exército, para que alimentos e medicamentos sejam distribuídos.
A medida busca equilibrar as exigências internas do governo israelense e as pressões internacionais por ajuda à população palestina.