O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira (12) uma reavaliação do mercado de apostas esportivas no Brasil. Segundo ele, o setor movimenta um lucro bruto anual de R$ 40 bilhões, mas tem baixa geração de empregos e contribuição fiscal reduzida.
A declaração foi dada um dia após a publicação da Medida Provisória que aumenta de 12% para 18% a alíquota sobre a receita das empresas de apostas — conhecidas como “bets”. A nova taxação já estava prevista no projeto original enviado pelo governo em 2023.
Haddad afirmou que, mesmo com lucros expressivos, as empresas recolhem cerca de R$ 10 bilhões em impostos, o que representa uma alíquota menor que a de empresas tradicionais. “Eu, pessoalmente, não gosto de jogo. Penso que é algo que deveria ser repensado pelo Congresso Nacional”, declarou.
O setor reagiu por meio de manifesto assinado por seis associações representativas, classificando o aumento como “injustificável”. As entidades afirmam que a carga tributária já é elevada e projetam uma contribuição superior a R$ 4 bilhões em 2025 para áreas como saúde, segurança, esporte e turismo.