A Justiça condenou a mais de 13 anos de reclusão um dos réus envolvidos em um assalto praticado contra um motorista do aplicativo Uber, que teve o veículo e outros pertences levados numa ação à mão armada em Florianópolis.
Ele havia acabado de fazer sua primeira viagem pela plataforma quando foi surpreendido.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima recebeu ameaças com uma arma apontada para a própria cabeça e foi obrigada a abandonar o carro.
Na fuga, conforme a denúncia, os dois homens envolvidos no roubo chegaram a trocar tiros com uma guarnição da Polícia Militar.
Um deles foi preso em flagrante. A sentença é do juiz Rafael Brüning, em ação que tramitou na 4ª Vara Criminal de Florianópolis.
Ao julgar o caso, o magistrado destacou que o acusado preso em flagrante confessou o delito.
A extração das conversas de telefone celular deste mesmo acusado, aponta a sentença, comprova que no dia dos fatos ele conversava com alguns contatos demonstrando que planejava "pegar uns carros de canto".
Um dos contatos o questiona se "deu boa pegar o carro" e "se abandonaram o cara", pois se estivessem com ele deveriam "jogá-lo para fora do carro".
Em relação ao outro suspeito denunciado, a sentença destaca que sua autoria é duvidosa.
Isto porque, além de não ter sido reconhecido com certeza pela vítima, este apresentou conversas mantidas com sua mãe e com sua avó por aplicativo de mensagem durante o período em que ocorreu o assalto.
Assim, o magistrado considerou que não há provas suficientes de que ele participou da ação criminosa junto do outro acusado.
Ao réu condenado, a sentença foi definida em 13 anos, dez meses e seis dias de reclusão, em regime inicial fechado.
Ele não terá o direito de recorrer em liberdade. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.