Foto: Fábio Junkes/OCP News
O 13º Núcleo de Polícia Científica em Jaraguá do Sul recebeu uma nova viatura para o transporte de corpos.
O veículo já conta com a nova identidade visual da corporação e dá melhores condições de trabalho para os policiais científicos que atendem ocorrências de mortes violentas nos cinco municípios da região.
A Chevrolet S-10 tem adaptado para o transporte de até quatro cadáveres.
A perita criminal e chefe do núcleo, Marina Brunheri Paim, afirma que os veículos precisam estar sempre em boas condições de uso, pois acabam realizando um importante serviço para a comunidade em situações muito delicadas.
“As pessoas olha para a viatura e acham que é só para carregar um corpo. Porém, elas esquecem que aquele corpo é o familiar de alguém, um pai ou um filho. É uma forma de locomoção, mas é preciso fazer isso de forma segura. Também é necessário que permita o recolhimento de uma forma respeitosa. Não dá para colocar o corpo e sair puxando de qualquer jeito”, comenta.
Marina destaca a tração 4x4 do veículo facilita o acesso a locais onde automóveis sem esse recurso dificilmente entrariam.

Foto: Fábio Junkes/OCP News
Por isso, é preciso ter uma viatura que tenha, inclusive, a tração reduzida, pois alguns corpos são encontrados em localidades sem uma estrada em boas condições, por exemplo.
“Além de chegar em locais de difícil acesso, o veículo também atende a requisitos de segurança sanitária. Em muitos casos, o corpo não está integro e ele precisa estar isolado por ser um resíduo biológico. Além de não expor a vítima, é necessário que não coloque em risco os operadores que estão fazendo a remoção do corpo e proteger as outras pessoas durante o transporte”, ressalta.
Também há a questão da proteção da prova técnica e, por isso, o corpo precisa ser transportado o mais intacto possível.

Foto: Fábio Junkes/OCP News
Ao chegar no Setor de Medicina Legal, o cadáver será analisado e, para isso, precisa estar em situação semelhante à encontrada no local onde foi feita a remoção.
“Existe um pouco de preconceito com o operador que atua no serviço de medicina legal. Acham que é um serviço sujo, mas é feito por um policial extremamente técnico. Talvez isso ocorra porque em outras épocas não houvesse todo esse rigor, mas hoje é feito por profissionais especializados para atuar nessas situações”, finaliza.