Um adolescente de 16 anos está entre os investigados por cometer golpes por meio de vaquinhas virtuais falsas supostamente destinadas aos afetados pela tragédia no Rio Grande do Sul.
Na sexta-feira (24), a polícia do RS cumpriu mandado de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
O adolescente, que desviava o dinheiro a partir de vaquinhas, de acordo com a polícia, morava em uma cobertura de luxo alugada por R$ 30 mil.
"O nosso investigado, ele refere que há uma movimentação tranquila de R$ 2 milhões por dia vinculados a esses golpes em todo o Brasil", revela o delegado Eibert Moreira.
Além dele, outras duas pessoas são investigadas por estelionato e lavagem de dinheiro.

Segundo a investigação, o menor era um dos responsáveis por uma página falsa, que imitava o site do Governo gaúcho e direcionava valores de doações para contas empresariais, vinculadas ao esquema criminoso.
O adolescente vivia em uma cobertura de luxo no litoral catarinense, junto de outro menor e um adulto. O local, alvo de três mandados de busca e apreensão, na sexta-feira (24), funcionava como um "quartel general do crime", onde os três realizavam golpes diuturnamente.
Além do estelionato realizado através de campanhas falsas para arrecadação de donativos, o grupo também criava páginas similares a de marcas reconhecidas para vender produtos, novamente, utilizando a tragédia para comover os usuários.
Os suspeitos ainda faziam o impulsionamento das postagens nas redes sociais para que o conteúdo falso atingisse um público ainda maior.
A Polícia Civil já determinou bloqueio de contas bancárias vinculadas ao adolescente e aguarda quebra de sigilo para saber o valor total arrecadado com os estelionatos.
Golpistas usam inteligência artificial
O caso do adolescente está entre uma série de golpes que são investigados pela polícia em meio à tragédia que atinge o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. Além das vaquinhas falsas, outros casos investigados são de venda de doações e até uso de inteligência artificial para enganar doadores.
Luciano Hang, dono da Havan, foi uma das pessoas por quem os golpistas se passaram. Em um vídeo nas redes sociais, farsantes utilizaram a imagem e a voz do empresário para anunciar que ele e outros fornecedores iriam vender todo o estoque de ar-condicionado por R$149,90.
Fonte: Jornal de Schroeder