O governador Jorginho Mello (PL) estava ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, no palanque montado sobre um trio elétrico, na Praia da Copacabana, na Capital Fluminense, na manhã deste domingo (16).
Os governadores ficaram o tempo inteiro com Bolsonaro e acompanharam os discursos que pediam anistia aos presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e pediam liberdade de expressão, principalmente nas redes sociais.
Os governadores Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas, Jorginho Mello e Mauro Mendes com Bolsonaro. Reprodução/Redes Sociais
Antes, em um hotel, Jorginho posou com Bolsonaro e os governadores, onde gravou um vídeo, em que reforçou o caráter pacífico do evento, convocado por Bolsonaro ao mesmo tempo em que o ministro Alexandre de Moraes pediu que a denúncia da Procuradoria Geral da República, sobre o suposto golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, fosse levado à Primeira Turma do STF para julgamento. O ministro Cristiano Zanin marcou para o dia 25 de março a análise que determinará se Bolsonaro e mais sete ex-assessores virarão réus no processo.
Assista ao vídeo de Jorginho:
Orla lotada por aliados
A orla de Copacabana recebeu milhares de simpatizantes e aliados de Bolsonaro. Reprodução/Redes Sociais
Bolsonaro mostrou força no evento organizado pelo pastor Silas Malafaia, que encerrou por volta de 12h20, duas horas depois do ex-presidente chegar a Copacabana. Malafaia fez a manifestação mais contundente do alto do trio elétrico quando disse que os ministro estão “sujando a imagem do Supremo (Tribunal Federal)” e condenou a maneira como o processo sobre o 8 de janeiro está sendo analisado por Alexandre de Moraes, a quem acusou de rasgar dezenas de leis e o chamar de “ditador”.
No discurso, Bolsonaro declarou que não tem apego ao poder e que escolheu “o lado mais difícil, o do povo brasileiro”, ao se referir aos “inocentes que estão presos” e não tinham força e poder para fazer um golpe de Estado, e que agora “eu tenho que provar que não fiz”. E acrescentou que, se algo maligno acontecer com ele, “continuem na luta”. O ex-presidente fechou o evento abraçado na viúva do empresário Clériston Pereira da Cunha, o “Clezão”, um dos presos pelos atos na Praça dos Três Poderes, que morreu de infarto, aos 46 anos, quando estava preso na Papuda, em Brasília, e deixou duas filhas.
Tarcísio de Freitas, o senador Flávio Bolsonaro, Bolsonaro e Jorginho Mello, no palanque. Divulgação
O ex-presidente informou que um atos semelhantes será realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 6 de abril. Outros eventos começarão a correr o país, uma estratégia para pressionar o Congresso a aprovar a anistia, que tem duplo valor: para aqueles que já estão presos e para quem vier a ser condenado, como é o caso de Bolsonaro e os demais denunciados pela PGR: Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); os generais e ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto; o tenente-coronel e delator Mauro Cid; e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
Caso interessante sobre o governador de MT
O governador Mauro Mendes, que estava ao lado de Jorginho Mello, na foto tirada antes do evento, em Copacabana, declarou há dois dias que está “inclinado a apoiar o governador Ronaldo Caiado à Presidência”, que é do seu partido, o União Brasil.
Caiado tem aparecido, assim como Tarcísio de Freitas, como alternativas da direita para o Planalto, em 2026. Não por acaso, Bolsonaro terminou seu discurso neste domingo (16) dizendo que não há eleição democrática à Presidência sem a participação dele e um jingle pedia “Volta Bolsonaro, volta Bolsonaro!” ao final do evento.
Esperidião Amin gravou vídeo:
Nas redes sociais, o senador Esperidião Amin gravou um vídeo para valorizar a liberdade de expressão. Amin tem feito reiteradas manifestações à tribuna do Senado sobre o tema. Confira: