O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (1º) que Israel concordou com os termos de um cessar-fogo de 60 dias com o grupo Hamas, após reuniões com autoridades da Casa Branca. Segundo o líder americano, a proposta será entregue ao Hamas por mediadores do Catar e Egito, e representa uma oportunidade decisiva para a paz no Oriente Médio.

“Israel aceitou as condições necessárias para concluir o cessar-fogo de 60 dias”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social, acrescentando que espera que o Hamas aceite o acordo, alertando que a alternativa seria o agravamento do conflito.

O anúncio ocorre dias após Trump afirmar, durante uma cúpula da Otan na Holanda, que havia “grandes progressos” sendo feitos em Gaza, com apoio dos próprios mediadores árabes. A expectativa positiva foi reforçada por seu enviado especial, Steve Witkoff, que sinalizou que o entendimento estaria “muito perto”.

A proposta prevê a libertação de 10 reféns ainda vivos e a devolução dos corpos de reféns falecidos durante o cessar-fogo preliminar. Em troca, Israel libertaria um número significativo de prisioneiros palestinos. Em uma etapa posterior, o plano é ampliar a trégua e buscar a libertação de todos os reféns.

No entanto, pontos de impasse persistem: o Hamas exige que Israel se retire da Faixa de Gaza ao fim do conflito, enquanto o governo de Benjamin Netanyahu cobra o desarmamento total do grupo palestino, que sofreu grandes perdas militares na guerra.

Segundo o Wall Street Journal, o Egito e o Catar afirmam que ambas as partes têm demonstrado disposição para avançar. A proposta, apesar de semelhante a planos anteriores rejeitados, agora ganha novo impulso diante da pressão internacional e da deterioração do conflito.