O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (2) que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a validade do decreto que aumentou a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), derrubado recentemente pelo Congresso Nacional.

“Se eu não for à Suprema Corte... eu não governo mais o país, cara. Cada macaco no seu galho. Ele [Congresso] legisla, eu governo”, declarou o presidente em entrevista à TV Bahia.

Segundo Lula, a derrubada do decreto teve forte influência de setores financeiros, como fintechs e casas de apostas (“bets”), que seriam os principais afetados pela medida, estimada para arrecadar até R$ 10 bilhões em 2025. A Advocacia-Geral da União (AGU) já entrou com uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) no STF.

O presidente também criticou o rompimento de um acordo que, segundo ele, foi firmado com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, em uma reunião no domingo anterior à votação. Ele afirmou que pretende se reunir com ambos após retornar da viagem à Argentina, onde participa da cúpula do Mercosul.