O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até 24 horas, sobre os pedidos do Conselho Nacional de Direitos Humanos para que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, preste informações sobre a megaoperação no Estado nesta terça-feira (28), que resultou em 64 mortes até a última atualização.
O ministro assumiu o comando do processo ADPF das Favelas, que já teve determinações em relação ao combate a letalidade policial na cidade do Rio. O Conselho pediu ao STF que Castro apresente um relatório da operação com informações como a justificativa para a realização.
O órgão também pediu que a Corte fiscalize o cumprimento do resultado do julgamento sobre mortes em operações da Polícia Militar nas comunidades do Rio de Janeiro, concluído em abril deste ano.
Moraes também determinou que a PGR se manifeste a respeito de novas diligências sobre o caso.
Megaoperação
De acordo com números do Palácio Guanabara, esta é a operação mais letal da história do estado. A ação segue em andamento e integra mais uma etapa da Operação Contenção, que busca combater o avanço de facções criminosas no território fluminense. Entre os seis feridos estão duas pessoas apontadas pela polícia como suspeitos.
A megaoperação tem como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, 2 pistolas e 9 motos foram apreendidos.
Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais estão mobilizados na ação para cumprir 100 mandados de prisão.
O que diz o governo do RJ
Ao g1, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro afirmou que a operação foi planejada com muita antecedência. Ao menos cinco unidades de Atenção Primária foram fechadas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Já segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas fecharam no Complexo do Alemão. Na Penha, 17 não abriram. Um colégio precisou ser fechado e 12 linhas de ônibus estão com os itinerários desviados preventivamente para a segurança de rodoviários e passageiros.
*Com informações do g1 e da Agência Brasil