A 35ª edição da Schützenfest, se destaca não apenas pela alegria e tradição da festa, mas também pela criatividade na decoração dos espaços. Entre os estandes, um em especial chama atenção pela proposta sustentável e simbólica. O Artista Visual e Figurinista, Márcio Poloschi foi o responsável pela ambientação de um estande fotográfico, criando um cenário que une arte, memória e consciência ambiental.
Para compor o espaço, Poloschi utilizou retalhos de chapéus típicos das festas germânicas, produzidos em 2025, por uma tradicional empresa de chapéus em Jaraguá do Sul. O estilista explica que a ideia surgiu ao refletir sobre o potencial criativo dos resíduos têxteis gerados na confecção desses chapéus, cuja produção começa meses antes da festa.
O material, que seria descartado, foi cuidadosamente guardado pela fábrica com a intenção de ser reaproveitado em ações de economia criativa circular. “Pensei em usar algo com ligação direta à festa e à história local. Muitas vezes vemos o produto final, mas não conhecemos seu percurso. O feltro descartado ganha aqui uma nova versão de uso”, conta Poloschi. O resultado foi um grande painel verde, feito com dois tons do material, que funciona como fundo fotográfico para os visitantes registrarem suas lembranças da Schützenfest — inclusive vestindo um dos chapéus originais expostos no local.
Para o artista, o projeto representa mais do que uma solução estética: “A proposta é repensar o descarte, criar possibilidades e reforçar a importância da circularidade e sustentabilidade”. Após o término da festa, o material utilizado na decoração será reaproveitado para a confecção de pequenos enfeites que serão doados aos Hospitais São José e Jaraguá.