A 35ª Schützenfest vai se despedindo do público. A cerimônia de encerramento está marcada para logo mais, às 20h, no Pavilhão A do Parque Municipal de Eventos. Esta edição foi marcada por muitas novidades, todas (ou quase todas), já contadas e vivenciadas ao longo desses onze dias de festa, exceto uma, divulgada neste domingo pela Comissão Central Organizadora: o simbolismo coletivo por trás do traje usado pelas candidatas à Majestade da Beleza da 36ª Schützenfest e a coroa da rainha.
Quem acompanhou o concurso da sexta-feira (14), percebeu que as 17 candidatas usavam um modelo de traje igual. Em concursos anteriores, normalmente, os modelos usados traziam a história, as cores e tradições das sociedades representadas pelas candidatas. Neste ano, a proposta criada pela estilista Paula Espézia, foi diferente. “Criei o traje em uma coloração neutra e distinta de qualquer uniforme, unindo todas as rainhas e suas sociedades em uma única expressão de pertencimento, respeito e valorização das raízes culturais”, explica.
Os trajes foram confeccionados em camurça cinza-chumbo, o modelo traduz força, sobriedade e elegância — uma homenagem às raízes e à herança cultural germânica. O tecido, de toque macio e caimento estruturado, valoriza a forma e confere nobreza ao conjunto. O destaque ficou para o avental em Jacquard rosa envelhecido, que traz textura e delicadeza à composição. O tom suave equilibra a intensidade do cinza, simbolizando a feminilidade, a graça e o charme das candidatas, com os bordados das logos da Acstvi e da Schutzenfest, trazendo exclusividade e lembrança deste dia tão especial. A blusa branca em renda delicada, com gola levemente alta e mangas bufantes, resgata o romantismo dos trajes típicos, reforçando o contraste entre tradição e modernidade. Os aviamentos aplicados com sutileza enriquecem o acabamento e traduzem o cuidado artesanal presente em cada detalhe.
A coroa da rainha da 36ª Schützenfest
Muito mais do que um simples adorno, a coroa da rainha da 36ª Schützenfest carrega a história de um povo que mantém viva, geração após geração, a tradição do tiro, da cultura germânica e da união entre sociedades irmãs. Seu brilho não está apenas nas pedrarias, mas no que elas simbolizam: são 21 hastes que se elevam como guardiãs da memória dos primeiros colonizadores, 17 delas representam as sociedades de tiro que formam o coração da ACSTVI. As outras 4 simbolizam as cidades que, juntas, constroem a festa e a mantêm grandiosa: Jaraguá do Sul, Schroeder, Corupá e Guaramirim.
Cada ponta é um elo.
Cada pedra, uma história.
Cada detalhe, um tributo àqueles que vieram antes e aos que seguem mantendo essa chama acesa.
“Este ano além de uma estilista desenhando e estudando a paleta de cores para a confecção do traje, a coroa também foi escolhida pensando nas 17 sociedades e nos municípios que fazem parte da ACSTVI. A coroa foi doada ao concurso por Tamires Altini, primeira princesa da Carabina 22 da 36ª Schützenfest. As candidatas também tiveram em sua preparação, além dos ensaios, curso de oratória por profissional especializado e palestra sobre inteligência emocional e auto estima. Tudo foi pensado para que as 17 candidatas estivessem mais preparadas e acolhidas”, finaliza Vera de Tofol, integrante da CCO da Schützenfest.