Devido ao decreto 11.366/2023 assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do ano, a blindagem de veículos estão com as atividades paralisadas desde o mês passado em boa parte do país.
O presidente revogou um decreto de setembro de 2019 assinado por Jair Bolsonaro que facilitava o acesso a armamentos, suspendendo, assim, os registros para aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito, dentre outras medidas.
Acontece que esse “revogação de armas” também suspendeu temporariamente a autorização de blindagem de veículos e a transferência de carros blindados.
Assim como ocorre com a venda de armamentos, a blindagem de automóveis é monitorada pelo Exército. Entidades do setor reclamaram que a paralisação de atividades tem gerado prejuízos econômicos, além de afetar clientes.
Segundo reportagem do portal UOL divulgada nesta terça-feira (7), em alguns estados, a operação ainda está funcionando. No entanto, regiões como Ceará e Pernambuco enfrentam dificuldades.
"Decreto foi mal redigido"
Na avaliação de Marcelo Silva, presidente da Abrablin (Associação Brasileira da Blindagem), o decreto foi mal redigido e as blindadoras e cidadãos estão sendo prejudicados.
"Ficamos no mesmo pacote das armas e pegamos a rebarba. A gente tem de trabalhar", disse ele, em entrevista ao portal UOL.
Ainda segundo Silva, a associação já conversou com o Ministério da Defesa, que teria reconhecido o "equívoco".
Por meio de nota, a Abrablin acrescentou que "sempre trabalhou em prol de registros e controles”, e que " a relação com os órgãos reguladores é de cordialidade para contribuir com as Forças Armadas no sentido de fazer um mercado sério e controlado, dentro de uma condição que seja factível para as empresas, consumidores e órgãos reguladores".
O consultor de Produtos Controlados do Exército da Target Blindados Carlos Fidelis acredita que até o fim de fevereiro a União deverá apresentar alguma novidade relacionada ao assunto.
*Com informações de Yahoo! e UOL.