Uma tarde comum de trabalho terminou em investigação policial e no indiciamento de um padre em Brusque, no Vale do Itajaí. A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) concluiu o inquérito que investiga uma denúncia de importunação sexual registrada no dia 1º de outubro de 2025, em um estabelecimento comercial do bairro Santa Rita.
A ocorrência foi registrada por um atendente do local, que já percebia que o homem o observava do lado de fora do comércio.
Como caso aconteceu
Segundo a polícia, por volta das 13h25min de 1º de outubro, um atendente de 19 anos percebeu a presença de um homem que, antes mesmo de entrar na loja, o observava do lado de fora.
Já no interior do comércio, conforme o relato da vítima, o cliente passou a praticar atos libidinosos em si mesmo, exibindo e apertando as partes íntimas por cima da roupa, enquanto encarava o funcionário de forma insistente e intimidadora. A situação teria durado cerca de dez minutos, afirma a polícia.
Polícia usou câmeras de segurança
O atendente se sentiu constrangido e registrou a ocorrência, o que deu início às investigações da Polícia Civil. A partir da análise das imagens das câmeras de segurança e de outras informações colhidas, os policiais conseguiram identificar o veículo utilizado pelo suspeito.
O carro estava registrado em nome de uma entidade religiosa, o que levou à identificação do homem como padre e educador social ligado a uma instituição relacionada à religião.
O suspeito foi intimado e prestou depoimento à Polícia Civil. No interrogatório, negou qualquer intenção de cunho sexual e afirmou que estava no local apenas para comprar um presente e itens para consumo pessoal. Ele alegou ainda que teria se sentido constrangido pela forma como o atendente o observava, interpretando o olhar como desconfiança de uma possível tentativa de furto.
O que acontece agora com o padre
Apesar da versão apresentada, a Polícia Civil avaliou que as imagens, os relatos e os demais elementos reunidos no inquérito sustentam a denúncia do atendente. Com isso, o homem foi formalmente indiciado pelo crime de importunação sexual, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão.
O inquérito acontece sob sigilo e foi encaminhado à Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí, além do Ministério Público, que agora analisa o caso e decidirá sobre as medidas cabíveis.
Fonte:Nsc