Quatro anos depois, o Avaí é finalista! Está de volta à decisão do campeonato catarinense! Chega sem fazer uma campanha de time dominante, mas vai confirmando o favoritismo atribuído ao clube desde o início da competição.

É verdade que em poucos momentos do campeonato o Avaí jogou futebol de favorito, mas mostrou sua força ao passar pela classificação, mesmo em 3º, e pelas eliminatórias, mesmo que tenham sido nos pênaltis. Os números revelam uma campanha com apenas cinco vitórias em 13 jogos.

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E as classificações seguidas nas cobranças de pênaltis evidenciaram uma equipe que arriscou quase nada pra vencer, que teve mais receio de perder e que ainda apresenta fragilidades de conjunto, de jogo coletivo.

Mas o que explica a chegada do Avaí à decisão? É simples: individualmente o Avaí é melhor que os outros concorrentes. E isso apareceu na partida semifinal contra o Santa Catarina. O Avaí teve dois desfalques do time titular que enfrentou o Figueirense. O goleiro César e o atacante Hygor, que atuaram na quarta, ficaram fora do jogo de Rio do Sul, neste sábado

Os dois “substitutos” colocaram o Avaí na decisão. O goleiro Igor Bohn foi o herói da noite no Alto Vale catarinense, fazendo boa partida e defendendo três cobranças de penalidades do Santa Catarina. E o atacante Cléber fez o gol do Avaí e foi um dos melhores da equipe em campo.

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O Avaí investiu pesado pra isso e o grupo do Leão tem bastante qualidade num comparativo de Catarinense. E não fossem algumas decisões, escolhas e até invenções do seu treinador, Enderson Moreira, talvez tivesse chegado sem tanto sufoco, aperto e tensão.

O jogo coletivo do Avaí, na construção, ainda fica devendo bastante. É algo que não está resolvido. Enderson Moreira tem méritos, é claro. A defesa do Avaí está organizada e é uma defesa consistente. Mas o treinador poderia fazer bem melhor durante a competição.

E outra questão chama atenção. Mais uma vez, Enderson Moreira parece não acreditar no Avaí. No ano passado, em seguidas coletivas, Moreira falava que “se criou uma ideia equivocada de que o Avaí iria brigar pelo acesso na Série B”. Em Rio do Sul, com o Avaí classificado para a decisão ele soltou a seguinte frase: “nos colocaram uma condição de favorito que não era real”. Ou Enderson não acredita no time que tem em mãos ou está fugindo da responsabilidade de levar o Avaí ao título – acho que pode ser uma mistura das duas questões.

Pois mesmo que Enderson não goste da condição, ou não acredite nela, o Avaí entra na decisão, contra Chapecoense ou Joinville, como favorito. É o melhor da competição, joga a última em casa, e ainda joga por dois empates. Enderson moreira nem vai precisar arriscar – pode ser tão conservador quanto foi em Rio do Sul, quando ficou a um pênalti da eliminação, tendo terminado o jogo com linha de cinco na defesa e com duas substituições por fazer.

Fonte:NSC