“Popcorn and ice cream”? Quem são os condenados do 8 de janeiro citados em fala de Bolsonaro
Por Administrador
Publicado em 08/04/2025 07:03
Segurança

Durante o ato em favor da anistia contra os investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um rápido discurso em inglês a pretexto de chamar a atenção do mundo para a situação jurídica dos acusados.

 

 

 

O discurso, em um inglês que rendeu comentários na internet pela dificuldade de compreensão, dizia que “vendedores de picolé e pipoca” estariam sendo condenados por golpe de Estado no Brasil. A fala ocorreu durante o ato que pediu anistia para os investigados pelos ataques de 8 de janeiro.

 

— Popcorn and ice cream sellers sentenced for coup d’État in Brazil — disse, em inglês.

 

Na fala que viralizou nas redes sociais, Bolsonaro se referia ao vendedor de pipoca Carlos Antônio Eifler e ao vendedor de picolé Otoniel Cruz. Ambos foram condenados por associação criminosa no processo de tentativa de golpe pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

 

 

O que diz a denúncia

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e o processo, os dois vendedores teriam dito em depoimento que chegaram a Brasília após a invasão dos prédios do Três Poderes e teriam ido acampar em frente ao quartel general do Exército, na capital federal, local em que foram presos horas após os ataques aos prédios públicos.

 

A denúncia aponta que os dois investigados teriam se associado “a outros manifestantes” no acampamento e que elementos de prova da fase de investigação teriam comprovado a materialidade e a autoria dos réus.

 

Carlos Antônio Eifler disse em depoimento que é de Lajeado (RS) e teria dormido no acampamento entre domingo e segunda-feira, 9 de janeiro, quando foi preso pela Polícia Federal. Já Otoniel Cruz é de Porto Seguro (BA) e também teria chegado à capital federal na noite de domingo.

 

Os dois foram denunciados por associação criminosa e incitação ao crime. Eles foram condenados em julgamento no plenário virtual do STF, com voto favorável do relator Alexandre de Moraes e de outros oito ministros. Apenas Nunes Marques e André Mendonça votaram contra a condenação. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos dois citados.

 

Fonte;NSC

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